A gestão de Marcão do Haras e Célia do Zé tem ampliado o número de contratos de locação de imóveis públicos, movimento que contraria a promessa feita durante a campanha eleitoral de 2024. Na época, o então candidato afirmou que encerraria os aluguéis e utilizaria exclusivamente prédios pertencentes ao município.
Uma publicação do Diário Oficial, de 25 de novembro de 2025, confirma que a Secretaria Municipal de Educação será transferida para um imóvel particular na região central. O contrato firmado custará 6 mil reais mensais aos cofres públicos e atenderá apenas o setor administrativo da Educação. A decisão ocorre mesmo com a existência de um prédio próprio na Vila Nossa Senhora de Fátima, atualmente sede do setor.
Contratos de locação já vigentes, como os da Secretaria de Assistência Social, da Secretaria de Turismo e Cultura e da Secretaria da Saúde, não só permanecem ativos, como vêm sendo ampliados pela atual gestão.
Apesar disso, o setor da Educação enfrenta cortes significativos previstos para o próximo ano orçamentário. Professores relatam falta de material básico para trabalhar, o kit escolar dos alunos foi eliminado e várias vagas têm sido realocadas dentro das próprias escolas para reduzir custos. Na Creche da Vila Nossa Senhora de Fátima, funcionários já começaram a ser dispensados devido à redução de recursos. Além disso, equipamentos de playground seguem sem manutenção, gerando preocupação entre pais e responsáveis.

Críticos da administração apontam que essa é mais uma promessa considerada descumprida. Também seguem pendentes o reajuste salarial acima da inflação aos servidores e o compromisso de doar integralmente o salário de prefeito a entidades assistenciais. A pressão por transparência tem crescido entre funcionários públicos e munícipes.
A retirada da Secretaria da Educação da Vila Nossa Senhora de Fátima deve intensificar o debate. Parte da população questiona a justificativa para abandonar um imóvel próprio e assumir nova despesa mensal com aluguel, especialmente diante dos cortes no setor educacional. Para esse grupo, a medida representa gasto desnecessário e desalinhado com as prioridades anunciadas antes do início do mandato. Há quem avalie, porém, que a localização central pode facilitar o atendimento ao público.
A insatisfação no bairro também se tornou evidente em manifestações de moradores. “A retirada de uma secretaria da Vila mostra que a região não é prioridade para a gestão”, afirmou um residente.
Até o momento, a Prefeitura Municipal de Fartura não apresentou justificativa oficial para a mudança nem esclareceu os critérios utilizados para manter ou ampliar contratos de locação.

QUEM É O PROPRIETÁRIO DESTE IMÓVEL?

