Relatos internos apontam atuação de vereadores e integrantes do PT em acordos que podem influenciar o desfecho das CPIs em Fartura.
Informações obtidas pelo Portal Notícias da Divisa, vindas de servidores do setor de Transportes e da Garagem Municipal de Fartura, acenderam um alerta sobre possíveis e supostas articulações envolvendo vereadores investigados em diferentes CPIs. Relatos indicam que o vereador Anderson Luiz Cassiano Lima, presidente da CPI da Tucunaré e também investigado, teria zombado de denunciantes e demonstrado confiança de que ele e o vereador conhecido como Timburi não sofreriam qualquer consequência.
Segundo essas informações, Anderson teria mencionado um suposto acordo firmado entre investigados e outros parlamentares. O objetivo seria garantir um “presente de Natal antecipado”, expressão usada para se referir a valores expressivos supostamente ligados à troca de favores políticos. O acerto buscaria inocentar Timburi e blindar Anderson contra eventual punição por quebra de decoro.
PT aparece no centro das articulações
As denúncias internas apontam que um vereador do PT teria assumido papel ativo na mediação dessas movimentações. De acordo com relatos, ele teria assegurado a Timburi que os acordos resultariam na absolvição do investigado e na proteção do presidente da CPI da Tucunaré. As mesmas fontes afirmam que essa atuação faria parte de um arranjo político mais amplo, capaz de fazer “tudo acabar em pizza”, inclusive com supostos repasses financeiros de origem ainda desconhecida.
Movimentação paralela envolve militante e disputa interna
Servidores da Garagem Municipal também relataram que uma militante ligada ao PT estaria articulando, em contra o vereador Henrique Mendes Lucarelli, uma estratégia para reorganizar forças dentro do partido e influenciar o cenário eleitoral local. Segundo essas versões, o movimento ocorre porque Paulo Surubi, nome até então mais cotado no grupo, não concorreria ao próximo pleito devido ao desgaste acumulado por episódios de agressões verbais e suspeitas envolvendo a venda de sucata pública.
Nesse contexto, a articulação teria dois objetivos simultâneos: influenciar o desfecho das CPIs e redefinir o equilíbrio interno de poder no PT.
Reação e tensão dentro do partido
As informações mostram que essa postura de lideranças e filiados ligados ao PT gerou forte incômodo entre parte da militância. Um integrante do partido, sob anonimato, afirmou que o comportamento do parlamentar seria “um tapa na cara dos eleitores” e que haveria, supostamente, indícios de prevaricação e quebra de decoro.
Segundo essas fontes, o responsável regional do PT deve vir a Fartura para cobrar explicações formais sobre o suposto envolvimento do vereador em articulações paralelas que estariam interferindo tanto nas CPIs quanto nas disputas internas.
Cenário de instabilidade política
Os relatos reforçam a percepção de que parte dos vereadores estaria priorizando acordos internos e interesses pessoais, deixando de lado as necessidades da população farturense. Há denúncias de tentativas de blindar aliados, manipular os rumos das CPIs e proteger investigados, em vez de garantir transparência e rigor na apuração.
Situação exige apuração formal
As informações descritas são atribuídas a servidores e pessoas ligadas ao ambiente político local e ainda dependem de investigação oficial. Caso confirmadas, podem indicar:
* possível troca de favores políticos;
* suposto uso de influência para manipular CPIs;
* indícios de prevaricação e quebra de decoro;
* eventual recebimento de vantagens indevidas;
* interferência política em investigações legislativas.
Até o momento, nenhum dos citados se manifestou oficialmente. A reportagem segue acompanhando o caso e buscando seus posicionamentos.