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Sob coerção, servidores são forçados a pintar a Escola Miguel de Góes Vieira

Funcionários da Escola Miguel de Góes Vieira denunciaram, nesta semana, práticas que classificam como abuso de autoridade, intimidação e coerção direta por parte da atual gestão municipal. Segundo os relatos, servidores foram obrigados a realizar a pintura do prédio escolar sob ameaça, sem preparo técnico, sem condições mínimas de segurança e em evidente desvio de função.

A ordem teria partido da Secretaria de Educação e contou, segundo os denunciantes, com o aval do prefeito Marcão do Haras e da direção da unidade. Em vários depoimentos, servidores afirmam que foram pressionados com o argumento do estágio probatório, utilizado como instrumento de medo para garantir a execução da tarefa. “Ou pinta, ou pode esquecer estabilidade”, relatou um funcionário sob anonimato.

A situação se agravou com o deslocamento de ADIs, inspetores e merendeiras para a pintura do muro, sob sol intenso e sem qualquer equipamento de proteção. O trabalho forçado sob calor extremo resultou em mal-estar entre algumas servidoras, que precisaram ser atendidas no Pronto Socorro Municipal após passarem mal.

As condições descritas deixam claro o descaso e o desprezo pela integridade física dos trabalhadores. O episódio também expõe falhas graves de gestão, negligência com normas trabalhistas e uma cultura de medo que se dissemina entre os servidores públicos de Fartura.