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Secretaria da Educação inicia mudança para prédio do Espaço Amigo e aumenta dúvidas sobre gestão

A movimentação ocorre após a prefeitura alugar um imóvel de R$ 6 mil mensais e, na sequência, iniciar reformas no prédio atual da secretaria, sem dar explicações à população. De acordo com informações apuradas pelo portal Notícias da Divisa, funcionários da Secretaria da Educação começaram a levar móveis para o prédio que abriga o projeto Espaço Amigo, mantido com recursos da Secretaria da Assistência Social. Em tese, seria apenas uma mudança administrativa. O problema é o contexto nebuloso criado pela própria gestão. A administração municipal havia alugado recentemente um prédio no centro da cidade, onde funcionava a antiga agência do Banco Bradesco. O valor mensal de R$ 6 mil gerou imediata insatisfação entre moradores, que questionaram a real necessidade da locação, já que o município possui prédios públicos vazios e em condições de abrigar a secretaria sem custo adicional. A situação ficou ainda mais confusa quando, poucos dias após a assinatura do contrato, o prédio onde funciona a Secretaria da Educação iniciou reformas. Desde então, não está claro se a prefeitura recuou do uso do imóvel alugado por causa da forte repercussão negativa, se houve arrependimento ou se a transferência para o Espaço Amigo será temporária. Para muitos, a movimentação evidencia mais um capítulo de falta de planejamento administrativo. Defensores do prefeito afirmam que ele ainda estaria se adaptando à dinâmica da administração pública. No entanto, causa estranhamento que um gestor eleito com o discurso de experiência empresarial, sucesso financeiro e capacidade de gestão acumule decisões consideradas precipitadas, caras e pouco transparentes. Até o fechamento desta matéria, nem a Secretaria da Educação nem o prefeito Marcão do Haras se pronunciaram sobre o destino da nova sede da pasta ou sobre as mudanças em andamento.

Caso Timburi pode acabar em pizza: denúncias internas apontam articulação política e troca de favores

Relatos internos apontam atuação de vereadores e integrantes do PT em acordos que podem influenciar o desfecho das CPIs em Fartura. Informações obtidas pelo Portal Notícias da Divisa, vindas de servidores do setor de Transportes e da Garagem Municipal de Fartura, acenderam um alerta sobre possíveis e supostas articulações envolvendo vereadores investigados em diferentes CPIs. Relatos indicam que o vereador Anderson Luiz Cassiano Lima, presidente da CPI da Tucunaré e também investigado, teria zombado de denunciantes e demonstrado confiança de que ele e o vereador conhecido como Timburi não sofreriam qualquer consequência. Segundo essas informações, Anderson teria mencionado um suposto acordo firmado entre investigados e outros parlamentares. O objetivo seria garantir um “presente de Natal antecipado”, expressão usada para se referir a valores expressivos supostamente ligados à troca de favores políticos. O acerto buscaria inocentar Timburi e blindar Anderson contra eventual punição por quebra de decoro.   PT aparece no centro das articulações As denúncias internas apontam que um vereador do PT teria assumido papel ativo na mediação dessas movimentações. De acordo com relatos, ele teria assegurado a Timburi que os acordos resultariam na absolvição do investigado e na proteção do presidente da CPI da Tucunaré. As mesmas fontes afirmam que essa atuação faria parte de um arranjo político mais amplo, capaz de fazer “tudo acabar em pizza”, inclusive com supostos repasses financeiros de origem ainda desconhecida.   Movimentação paralela envolve militante e disputa interna Servidores da Garagem Municipal também relataram que uma militante ligada ao PT estaria articulando, em contra o vereador Henrique Mendes Lucarelli, uma estratégia para reorganizar forças dentro do partido e influenciar o cenário eleitoral local. Segundo essas versões, o movimento ocorre porque Paulo Surubi, nome até então mais cotado no grupo, não concorreria ao próximo pleito devido ao desgaste acumulado por episódios de agressões verbais e suspeitas envolvendo a venda de sucata pública. Nesse contexto, a articulação teria dois objetivos simultâneos: influenciar o desfecho das CPIs e redefinir o equilíbrio interno de poder no PT.   Reação e tensão dentro do partido As informações mostram que essa postura de lideranças e filiados ligados ao PT gerou forte incômodo entre parte da militância. Um integrante do partido, sob anonimato, afirmou que o comportamento do parlamentar seria “um tapa na cara dos eleitores” e que haveria, supostamente, indícios de prevaricação e quebra de decoro. Segundo essas fontes, o responsável regional do PT deve vir a Fartura para cobrar explicações formais sobre o suposto envolvimento do vereador em articulações paralelas que estariam interferindo tanto nas CPIs quanto nas disputas internas.   Cenário de instabilidade política Os relatos reforçam a percepção de que parte dos vereadores estaria priorizando acordos internos e interesses pessoais, deixando de lado as necessidades da população farturense. Há denúncias de tentativas de blindar aliados, manipular os rumos das CPIs e proteger investigados, em vez de garantir transparência e rigor na apuração.   Situação exige apuração formal As informações descritas são atribuídas a servidores e pessoas ligadas ao ambiente político local e ainda dependem de investigação oficial. Caso confirmadas, podem indicar: * possível troca de favores políticos; * suposto uso de influência para manipular CPIs; * indícios de prevaricação e quebra de decoro; * eventual recebimento de vantagens indevidas; * interferência política em investigações legislativas. Até o momento, nenhum dos citados se manifestou oficialmente. A reportagem segue acompanhando o caso e buscando seus posicionamentos.

Advogado que defende o Prefeito também representa o Presidente da CPI, aponta denúncia entregue à Câmara

Um pedido de afastamento cautelar do vereador Anderson Luiz Cassiano Lima da presidência da CPI da “Tucunaré” foi protocolado na semana na Câmara Municipal de Fartura pelo empresário, o mecânico Aguinaldo Aparecido Janetti, responsável pela denúncia que originou a investigação. O documento levanta suspeitas de conflito de interesses envolvendo o advogado que representa tanto o prefeito Luiz Marcos de Souza quanto o presidente da comissão.   Condução da CPI e relatos de morosidade Desde o início dos trabalhos, o denunciante aponta que a CPI tem avançado de forma lenta, com longos intervalos entre convocações e oitivas. Segundo ele, esse ritmo comprometeria o andamento das apurações relacionadas ao contrato e à atuação da empresa Tucunaré, alvo central da investigação parlamentar. Além disso, foi registrado um boletim de ocorrência relatando um episódio em que familiares do vereador Anderson teriam coagido uma testemunha logo após seu depoimento na CPI. O caso está em análise pelas autoridades policiais, que deverão determinar se houve enquadramento no artigo 344 do Código Penal, que trata de coação no curso do processo.   Denúncia central: possível conflito de interesses Apesar dos episódios citados, a denúncia enfatiza outro ponto considerado mais grave: a suposta atuação simultânea do advogado Renato Ribeiro de Almeida como defensor do prefeito e, ao mesmo tempo, do presidente da CPI em procedimento disciplinar interno. De acordo com o texto protocolado, o prefeito Luiz Marcos de Souza é o principal investigado pela CPI, enquanto o vereador Anderson Lima, também cliente do mesmo advogado, conduz os trabalhos de investigação. Para o denunciante, essa circunstância criaria incompatibilidade ética e jurídica. O pedido menciona analogias aos artigos 144 e 145 do Código de Processo Civil, que tratam de impedimentos e suspeições de julgadores quando possuem vínculo com partes interessadas em processos. Também cita normas do Estatuto da Advocacia e do Código de Ética da OAB, que proíbem advogados de atuarem em casos nos quais possa haver conflito de interesses entre clientes.   Riscos apontados pela representação A representação lista potenciais impactos que, segundo o denunciante, poderiam comprometer o andamento da CPI caso o cenário permaneça: Possibilidade de influência na condução de depoimentos e decisões internas, devido ao conhecimento estratégico do advogado sobre a defesa do prefeito; Perda de confiança pública na imparcialidade do processo investigatório; Risco de nulidade de atos, o que poderia invalidar convocações, votações e oitivas realizadas sob presidência suspeita; Aumento da vulnerabilidade das testemunhas, especialmente diante do boletim de ocorrência já registrado.   Possíveis implicações legislativas e administrativas O documento também menciona possíveis repercussões administrativas e políticas caso se confirme a incompatibilidade. Entre elas, hipóteses previstas no Decreto-Lei 201/1967 (que trata de infrações político-administrativas), eventual investigação por prevaricação e questionamentos sobre decoro parlamentar.   Pedidos formais encaminhados à Câmara No protocolo, Janetti solicita: O afastamento imediato do vereador Anderson Lima da presidência da CPI; A suspensão de sua participação em qualquer ato deliberativo relacionado à investigação; Envio de ofício à OAB para apuração disciplinar sobre a atuação do advogado; Remessa do documento ao Ministério Público para anexação ao inquérito já existente sobre o caso; Tramitação urgente do pedido em razão do possível impacto sobre os trabalhos da CPI.   Entrevista mencionada na denúncia O denunciante também menciona uma entrevista concedida pelo advogado ao jornalista Henrique Outeiro, durante o Jornal da Nova Voz, na qual, durante a defesa pública do prefeito, teriam sido feitas declarações interpretadas como direcionadas a vereadores envolvidos no processo investigativo. O conteúdo dessa entrevista está anexado ao pedido para análise das autoridades competentes.   Próximos passos Com o protocolo realizado, cabe agora à presidência da Câmara e aos órgãos internos responsáveis — como a Comissão de Ética, caso seja acionada — avaliar o pedido e deliberar sobre eventuais medidas. Até a publicação desta matéria, não havia manifestação oficial do vereador Anderson Lima, do prefeito Luiz Marcos de Souza ou do advogado Renato Ribeiro de Almeida sobre o teor da denúncia. A CPI da “Tucunaré” segue aberta e aguarda novos desdobramentos conforme os órgãos legislativos e de controle se posicionem.

Polícia Civil identifica e indicia autores de furto de fiação em Taguaí

A Polícia Civil de Taguaí esclareceu um caso de furto qualificado de fios e cabos ocorrido na madrugada de 10 de novembro deste ano na cidade. Na ocasião, aproximadamente 240 metros de cabos da rede telefônica foram subtraídos, e câmeras de segurança registraram toda a ação criminosa, incluindo o veículo utilizado pelos autores e a dinâmica do crime. Horas após o furto, a Polícia do Estado do Paraná prendeu, em Ibaiti, dois indivíduos envolvidos em um furto qualificado de grande quantidade de fios ocorrido no mesmo dia no município de Siqueira Campos. Os suspeitos haviam fugido da abordagem policial e abandonado um VW Gol preto carregado com cerca de 400 a 500 kg de cabos furtados, veículo posteriormente apreendido pelas autoridades paranaenses. Durante a investigação conduzida pela Delegacia de Polícia de Taguaí, surgiram elementos que permitiram relacionar os suspeitos presos no Paraná ao crime praticado em solo paulista. As imagens do circuito de segurança de Taguaí foram fundamentais, pois mostravam o mesmo veículo utilizado nos crimes e, ainda, permitiram a identificação visual dos autores. Os investigadores de Taguaí analisaram minuciosamente os registros das ocorrências no Paraná e, ao confrontar os elementos colhidos — especialmente a apreensão do automóvel, o modo de atuação e o tipo de material furtado —, conseguiram estabelecer a conexão entre os fatos. A dupla, presa em Ibaiti, foi formalmente identificada como responsável também pelo furto ocorrido em Taguaí, reforçando a atuação interestadual dos investigados. Ambos os investigados foram ouvidos pela autoridade policial de Taguaí e admitiram ter praticado o furto de fios na cidade, reconhecendo-se nas imagens registradas pelas câmeras de segurança. Durante as oitivas, também ficou constatado que um dos suspeitos já possui passagem anterior por furto qualificado, circunstância que reforça o modo reiterado de atuação da dupla. Com a materialidade comprovada e a autoria devidamente estabelecida, a Polícia Civil de Taguaí instaurou inquérito policial para responsabilizar criminalmente os envolvidos. A dupla irá responder por furto qualificado, tendo em vista o rompimento de obstáculo, a subtração de bens essenciais à prestação de serviços públicos e a prática durante o repouso noturno. Fonte: Seccional de Avaré

Suspeito morre em confronto com a PM em Carlópolis

Após agredir companheira, homem foge para a mata; tenta agredir policial com faca e acaba morto a tiros durante a intervenção Um homem de 23 anos morreu na manhã da última quarta-feira (03), após confronto com a Polícia Militar durante o atendimento de uma denúncia de violência doméstica no município de Carlópolis. A ocorrência mobilizou diversas equipes de segurança e segue sob investigação para esclarecer todas as circunstâncias do caso. Denúncia e início da ocorrência De acordo com a Polícia Militar, os agentes foram acionados para atender uma denúncia de violência doméstica envolvendo o suspeito. Ao chegarem ao endereço informado, a equipe recebeu relatos de moradores indicando que o homem havia fugido em direção a uma mata próxima, aparentemente na tentativa de evitar a abordagem policial e fugir do fragrante. Busca na mata e confronto Os policiais iniciaram buscas pela área de vegetação, onde localizaram o suspeito momentos depois. Segundo a corporação, ao ser encontrado, o indivíduo teria reagido de forma agressiva e avançado contra um dos militares com uma faca. Ainda conforme o relato oficial, diante da ameaça iminente, os policiais efetuaram três disparos, que atingiram o homem, levando-o à óbito no local. Histórico criminal e ações policiais A Polícia Militar informou que o suspeito já possuía passagem por tráfico de drogas e estava sendo monitorado pelas autoridades. A complexidade da ocorrência levou ao acionamento de várias equipes: Polícia Militar, Polícia Civil, Rotam e Polícia Científica, que estiveram presentes para realizar os procedimentos legais e periciais. Após a perícia inicial no local do confronto, o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) de Jacarezinho, onde passou por exames de necropsia. Investigação segue em andamento As autoridades ressaltam que o caso seguirá sob investigação para apurar todos os detalhes, incluindo a dinâmica do confronto, a motivação da fuga e os elementos relacionados à denúncia de violência doméstica que originou a ação policial. A Polícia Militar reforçou que segue à disposição das autoridades competentes para auxiliar na elucidação completa dos fatos. Fonte: Polícia Militar

Vereador Bruno critica gestão e cobra medidas do Executivo

Durante a última reunião do Conselho Rural e a sessão da Câmara Municipal de Carlópolis, na última terça-feira, 2 de novembro, o vereador Bruno Ribeiro Alves, popularmente conhecido por Bruno Barber Shop (PP) fez críticas à administração municipal e cobrou mais ações do Poder Executivo. Em pronunciamento público, o parlamentar afirmou que a cidade enfrenta problemas visíveis, como falta de limpeza urbana, abandono de espaços públicos e iluminação insuficiente. Segundo o vereador, suas manifestações refletem as reclamações apresentadas por moradores de diferentes bairros, especialmente relacionados à manutenção da infraestrutura e ao funcionamento dos serviços públicos. Bruno afirmou que seu papel enquanto legislador é “fiscalizar, cobrar e representar a população”, ressaltando que não pretende adotar postura de complacência diante da gestão. O parlamentar também citou dificuldades no diálogo entre Legislativo e Executivo, destacando que esperava uma relação mais cooperativa com o prefeito e secretários municipais. Na avaliação do vereador, a falta de resposta às demandas apresentadas pelos vereadores prejudica o andamento de políticas públicas essenciais. Bruno declarou ainda que espera avanços em 2026, com maior atenção à limpeza urbana, organização da cidade e melhorias no atendimento à população. Ele reafirmou seu compromisso com os eleitores e disse que continuará cobrando providências do Executivo municipal sempre que julgar necessário.  

Polícia Civil faz nova apreensão de produtos potencialmente impróprios para consumo em loja na Vila Martins II

Dando continuidade às diligências iniciadas ontem, 2/12, quando a Polícia Civil de Avaré encontrou produtos alimentícios irregulares em dois estabelecimentos no centro da cidade, a Delegacia de Investigações Gerais realizou, nesta quarta-feira, 3/12, uma nova ação em um terceiro estabelecimento comercial, desta vez localizado na Vila Martins II. A operação resultou de apurações preliminares que apontaram possível desvio de mercadorias que deveriam ser descartadas e sua posterior inserção irregular no comércio local. Durante a vistoria, os policiais localizaram expressiva quantidade de bebidas lácteas e achocolatados armazenados no depósito interno do estabelecimento, pertencentes exatamente aos mesmos lotes já detectados na primeira fase da investigação. No total, 693 unidades de achocolatado e 895 unidades de bebida láctea foram identificados no local. A responsável pelo estabelecimento informou que adquiriu os produtos de uma empresa sediada em Piracicaba e disse ter retirado os itens das prateleiras após ser alertada sobre a irregularidade. Ainda assim, considerando a natureza do produto e a suspeita de desvio sistemático dos lotes destinados ao descarte, a Polícia Civil procedeu à apreensão de amostras representativas, bem como do restante da mercadoria. Todo o material recolhido será submetido a exame pericial no Instituto de Criminalística, medida essencial para comprovar tecnicamente eventual impropriedade ou nocividade dos produtos. Equipes da Vigilância Sanitária Municipal acompanharam a ação e alinharam as providências administrativas necessárias, incluindo o descarte ambientalmente adequado no momento oportuno. Com as diligências realizadas ontem e hoje, a Polícia Civil aprofunda a investigação sobre a cadeia de circulação dessas mercadorias. As apurações agora avançam para esclarecer a origem do desvio, o trajeto percorrido pelos lotes e a responsabilidade individual de cada envolvido, garantindo que itens destinados ao descarte não retornem ao mercado varejista e não coloquem em risco a saúde dos consumidores. Fonte: Seccional de Avaré

Polícia Civil retira de circulação produtos potencialmente impróprios para o consumo

A Polícia Civil de Avaré realizou, na terça-feira, dia 02/12, uma operação em dois estabelecimentos comerciais da cidade após receber informações de que produtos alimentícios pertencentes a lotes destinados ao descarte ambiental estariam sendo expostos à venda no município. A ação teve início após comunicado oficial da fabricante responsável, que identificou a circulação irregular dos itens em redes sociais e por meio de reclamações de consumidores locais. Equipes da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) deslocaram-se até os dois endereços indicados e, no interior dos estabelecimentos, localizaram grande quantidade de bebidas lácteas e leite UHT de marcas conhecidas, todas correspondentes aos lotes citados em boletim de ocorrência registrado anteriormente em outra cidade. Segundo a fabricante, tais produtos haviam sido reprovados no controle de qualidade e enviados exclusivamente para destruição, não podendo retornar ao comércio. Durante a averiguação, os policiais constataram que as mercadorias estavam expostas ao público e também armazenadas nos depósitos internos. Em razão da possível impropriedade para consumo, iniciou-se imediatamente a retirada dos itens, garantindo-se a preservação de amostras representativas de cada lote para análise técnica por meio de perícia especializada. A apreensão alcançou centenas de unidades entre leite integral, bebidas lácteas sabor chocolate e outros derivados, todos relacionados aos lotes condenados e encaminhados originalmente para descarte. A quantidade significativa encontrada reforçou a necessidade da intervenção policial, uma vez que sua comercialização poderia oferecer riscos à saúde dos consumidores. Ainda segundo informações levantadas durante a ação, havia relatos de clientes que já haviam reclamado da qualidade dos produtos adquiridos. Esse fator motivou a intensificação das diligências, visando impedir que novas unidades fossem comercializadas e garantindo a imediata retirada dos produtos potencialmente impróprios de circulação. O responsável pelos dois estabelecimentos confirmou aos policiais que adquiriu os produtos e os colocou à venda. Ele declarou ter comprado as mercadorias de boa-fé, de um fornecedor com quem já mantinha negociações anteriores. O comerciante acrescentou que vinha recebendo reclamações de consumidores sobre o leite integral e sobre a bebida láctea sabor chocolate, motivo pelo qual estava realizando trocas dos produtos devolvidos. Após a apreensão, a Polícia Civil entregou a maior parte do material à empresa proprietária dos produtos, para que procedesse ao descarte ambientalmente adequado, conforme as normas sanitárias e mediante acompanhamento dos órgãos municipais competentes. As amostras recolhidas foram encaminhadas ao Instituto de Criminalística, responsável por analisar a efetiva impropriedade dos itens. Com a conclusão da diligência, a Polícia Civil instaurou procedimento investigativo para apurar a origem da irregularidade, a rota percorrida pelos produtos até o comércio local e todas as circunstâncias que permitiram o retorno de mercadorias destinadas ao descarte ao mercado varejista. O caso seguirá sob investigação para plena elucidação dos fatos e adoção das providências legais cabíveis. Fonte: Seccional de Avaré

Vereadores de Carlópolis discutem orçamentos e projetos

Votação de emendas, análise de projetos e encaminhamentos às comissões marcam 36ª Sessão Ordinária do ano A Câmara Municipal de Carlópolis realizou, na noite de 2 de dezembro de 2025, às 19h, iniciou a 36ª Sessão Ordinária do ano. A reunião contou com a análise de diversos projetos de lei legislativos, emendas ao orçamento e pautas administrativas. Logo no início, as atas das sessões anteriores foram colocadas em discussão e votação única, após terem permanecido disponíveis na secretaria da Câmara para consulta dos vereadores. Em seguida, entrou em pauta o Projeto de Lei Legislativo nº 56/2025, que trata do programa “Bairro Limpo”. Após a leitura dos pareceres, o projeto passou por primeira discussão e primeira votação. A sessão prosseguiu com a apresentação de três propostas voltadas à denominação de logradouros públicos. Os Projetos de Lei Legislativos nº 59/2025 e nº 60/2025 foram lidos e encaminhados às comissões competentes para análise. Também foi lido o Projeto nº 61/2025, referente à instituição da “Marcha para Jesus”, igualmente enviado às comissões. A discussão do orçamento municipal ocupou parte significativa da pauta. Foram apresentados pareceres sobre as Emendas Modificativas nº 01/2025 e nº 02/2025 ao Projeto de Lei nº 031/2025, relativo ao orçamento municipal. Ambas passaram por primeira discussão e votação. Também foram analisadas emendas ao Projeto de Lei Substitutivo nº 01/2025, que trata das Diretrizes Orçamentárias (LDO). A Emenda Modificativa nº 01/2025 foi colocada em primeira discussão e votação. Já a Emenda Modificativa nº 02/2025 teve pedido de dispensa de prazos, pareceres e interstício, seguido de primeira discussão e votação do projeto, com convocação de sessão extraordinária logo após. Na sequência, foram apresentados os pareceres da Emenda Aditiva nº 01/2025 ao mesmo projeto de diretrizes, sendo submetidos à primeira discussão e votação. A pauta orçamentária se estendeu ao Plano Plurianual (PPA), com leitura da Emenda Modificativa nº 01/2025 ao Projeto de Lei nº 27/2025. Também houve pedido de dispensa de prazos e pareceres, seguido de primeira discussão e votação, além de convocação de nova sessão extraordinária para continuidade dos trabalhos. A sessão avançou com a leitura dos expedientes pelo primeiro secretário e, por fim, foi aberta a palavra livre, permitindo que os vereadores utilizassem a tribuna para manifestações e comentários sobre temas de interesse público. A Câmara prossegue com o cronograma de votações em sessões ordinárias e extraordinárias voltadas ao fechamento das matérias legislativas de 2025.

CPI da Tucunaré: depoimento de Daiane Zambon Pereira revela falhas estruturais, pressão externa e atuação informal de empresa na garagem municipal

Na noite de 24 de novembro durante a oitiva da encarregada da frota municipal, Dayane Zambon Pereira, realizada pela Comissão Parlamentar de Inquérito que apura possíveis irregularidades na manutenção dos veículos da Prefeitura de Fartura, expôs uma série de fragilidades administrativas, improvisações operacionais e episódios de pressão externa envolvendo seu nome e o funcionamento da garagem municipal. O depoimento, gravado e anexado aos autos da CPI, detalhou o cenário encontrado entre janeiro e março de 2025, período sem licitações vigentes e marcado por atendimentos emergenciais.   Frota em estado crítico e ausência de licitação Ao assumir a chefia da frota no início de janeiro de 2025, Dayane afirmou ter encontrado um quadro “grave e urgente” na estrutura dos veículos da educação e da saúde. Segundo ela, muitos ônibus operavam com óleo vencido e freios em condição insegura, colocando em risco 1.500 alunos às vésperas do início do ano letivo. Na saúde, veículos essenciais para consultas, internações e deslocamentos imediatos também apresentavam problemas significativos. Sem contratos em vigor e enfrentando o que descreveu como “denúncias, morosidade e travas administrativas” no processo licitatório, Dayane relatou que a equipe iniciou uma busca emergencial por empresas em Fartura, Taguaí, Sarutaiá e região para obtenção de orçamentos. “Sem orçamento, você está no escuro”, declarou. “A população precisava desses veículos funcionando para ontem”.   Atuação da empresa Tucunaré e as ações emergenciais A empresa Tucunaré, alvo central da CPI, apareceu na garagem na segunda quinzena de janeiro oferecendo equipe para avaliação dos veículos. Dayane confirmou que a empresa realizou cotações de grande porte e, diante do risco iminente de colapso da frota escolar, executou troca de óleo e revisão de freios em 11 ônibus, com peças fornecidas pelo estoque municipal. Apesar das intervenções, a servidora sustentou que não houve pagamento à Tucunaré, nem autorização para serviços completos, apenas para avaliações técnicas necessárias às cotações. A empresa deixou o local por volta de 15 de fevereiro. Sobre o motor da máquina JCB enviado à empresa em Assis, Dayane foi categórica: tratou-se de envio exclusivo para orçamento, após outras empresas locais recusarem o serviço. O motor, segundo ela, retornou à garagem sem qualquer manutenção.   Funcionamento interno, improviso e sobrecarga Dayane descreveu um ambiente de trabalho marcado pela falta de estrutura, ausência de contratos e desigualdade de recursos humanos. Um único mecânico da prefeitura — já sobrecarregado com máquinas pesadas — não conseguia atender a demanda. Funcionários, segundo ela, passaram a agir coletivamente para evitar a paralisação dos serviços. “Trocar pneu, puxar cabo, resolver problema simples… nós mesmos fazíamos. Era a união que mantinha a garagem funcionando”, afirmou.   Cotações, autorizações e ciência da administração A servidora declarou que todos os serviços executados por empresas seguiram o procedimento de três cotações, com orçamentos de Auto Giro, Arakaki, empresas da região e mecânicos especializados. Ao ser questionada sobre conhecimento do prefeito, Dayane afirmou que ele tinha ciência de que empresas — incluindo a Tucunaré — realizavam orçamentos e acompanhava a movimentação na garagem, cobrando agilidade diante das reclamações da população. Entretanto, Dayane reforçou que não recebeu ordens para favorecer empresas e que não houve autorização para execuções sem cotação ou sem respaldo documental.   Pressão externa e tentativa de influenciar depoimento Um dos momentos mais tensos da oitiva ocorreu quando Dayane revelou ter sido indiretamente procurada por denunciantes da CPI. Segundo ela, seu esposo foi abordado em via pública e informado de que ela deveria incriminar o prefeito, sob ameaças veladas de que seria presa e de que haveria vídeos e provas contra ela. “Me senti acuada”, afirmou. “Falaram que eu seria responsabilizada por tudo isso. Foi pesado”. Dayane disse ter aguardado a oitiva para relatar oficialmente o episódio e que, até então, não havia registrado boletim de ocorrência.   Manutenção dos maquinários e lacunas no processo Ao ser questionada sobre o suposto sucateamento dos maquinários — ponto destacado pelo prefeito em transmissões ao vivo no início do mandato —, Dayane afirmou não ter informações sobre quem realizou as manutenções que posteriormente colocaram as máquinas em operação. Já sobre a assessoria jurídica da prefeitura, declarou que o setor não acompanhou diretamente os trâmites na garagem durante os primeiros meses.   Encerramento da oitiva Após quase duas horas de depoimento, vereadores da CPI declararam satisfeitas as respostas e encerraram a sessão. O relato de Dayane será incorporado ao conjunto probatório da comissão, que continua analisando a legalidade das ações realizadas, a eventual atuação informal de empresas na garagem municipal e possíveis responsabilidades administrativas.